O casamento puritano como um refúgio numa era de destruição da família


casamento

“Quando um homem for recém-casado não sairá à guerra, nem se lhe imporá encargo algum; por um ano inteiro ficará livre na sua casa para alegrar a mulher, que tomou” (Deuteronômio 24:5).

A atual geração herdou e aperfeiçoou para si um conceito por demais desdenhoso sobre o matrimônio. A diferença desse conceito nos últimos cem anos é visível: em 1917, a maior conquista de um jovem comum era o casamento, de forma que, em sua adolescência e juventude, suas energias voltavam-se para constituir uma família. Hoje, contudo, esse objetivo é sistematicamente postergado: após a faculdade, após a aprovação em um concurso público ou após um mestrado profissionalizante.

O problema é notório: as pessoas estão constituindo famílias cada vez mais tarde, e não poucos casam-se após os trinta anos. Ter mais de um filho tornou-se uma empreitada rara. O casamento quase sempre é a última opção. Porque ele é visto como irrelevante. Esse é um dos frutos mais visíveis da secularização: a ausência de relacionamentos duradouros.Além disso, temos de conviver com toda ideologia que fragiliza, empobrece e diminui o valor do casamento e da vida em família. O divórcio, uma quebra de promessa, é louvado como algo libertador; a volatilidade da vida a dois, que pode ser interrompida diante da menor dificuldade, é celebrada como virtude. Viciados que somos na nossa própria felicidade, tratamos os outros como objetos e servos de um projeto de felicidade egoísta. Quando o outro não atende às nossas expectativas de realização pessoal, descartamo-lo como um sofá velho.

Essas visões sobre o matrimônio, contudo, não são inéditas. A desvalorização da família nasce com a cultura greco-romana e encontra apoio teológico e institucional ao longo de todo o período medieval, quando a Igreja Católica controla todo o pensamento acerca do assunto.

A correção dessa visão distorcida do casamento, iniciada por uma cultura pagã e reforçada por um cristianismo paganizado, encontra sua maior expressão nos puritanos ingleses do século XVII. O objetivo desse artigo é mostrar a você o conceito bíblico do casamento e a forma como ele encontrou na vida dos puritanos o seu mais belo testemunho.

Primeiro, iremos refutar o injusto estereótipo atribuído a esses gigantes da vida cristã; segundo, oferecer a síntese do pensamento católico sobre o casamento por meio daqueles pensadores que ajudaram a construir essa visão diminuta; por fim, vamos refletir como os puritanos resgataram o valor e a importância da vida no lar. Terminarei o artigo com diversas citações puritanas com o propósito de deixar claro o valor que eles conferiam ao matrimônio, a fim de que você possa sentir-se motivado a abraçar essa visão.

Quem foram os puritanos

Diferentemente dos vários movimentos pós-reforma, que traziam um senso de pertencimento a um grupo característico (“eu sou batista”, “eu sou metodista”, “eu sou luterano”, “eu sou pentecostal”, “eu sou calvinista”), o puritanismo não se via assim. Não havia, àquela época, um puritano que pudesse dizer de si mesmo: “eu sou um puritano”. Isto porque eles se reconheciam apenas como seguidores dos princípios da Reforma e seus Solas, cujas vidas eram conduzidas para a mais estrita obediência às Escrituras, por meio de uma fé altamente instruída (teologia, catecismos) e uma piedade que desse provas concretas de sua regeneração. E essa piedade deveria atingir todas as áreas da vida, sem exceção. Portanto, um puritano não separava sua vida espiritual da vida familiar, profissional e ministerial. Todas as áreas estavam sob o senhorio de Cristo.

Talvez a meticulosidade da piedade puritana explique os apelidos depreciativos que eles ganharam ao longo do tempo, sobretudo após a queda de sua popularidade com os seguidos governos católicos no reinado inglês e sua consequente expulsão dos púlpitos anglicanos e da vida pública (parlamento inglês). Puritano, portanto, se tornou sinônimo de legalista, asceta, pudico, rígido e faccioso, inimigo dos prazeres e da felicidade. Isto é, alguém sisudo e pouco sociável.

“O puritano, ao passar pelo jardim da vida, arranca para si o espinho e rejeita a rosa; espera agradar a Deus, mediante esse capricho, o Deus que o formou e que tudo deu a ele”1.

Contudo, essas pechas atribuídas a eles não passam de preconceito ignorante. Ao final do artigo, por meio de suas próprias citações, veremos como o pensamento comum do puritano nada se assemelhava às acusações que eram feitas contra eles, sobretudo em relação ao casamento. Vale ressaltar, sim, que nem todo puritano era injustiçado com esse estereótipo. Como qualquer segmento, o puritanismo era composto por pessoas que, pontualmente, podiam fazer jus aos apelidos pejorativos dados ao movimento.

O casamento como algo mau

Como citei anteriormente, a péssima imagem construída acerca do casamento é uma obra do catolicismo romano medieval. Todo o ataque feito à vida em família atualmente, considerada como algo supérfluo, tem raízes que remontam a esse período de domínio do romanismo. Entretanto, ir mais a fundo significa buscar na cultura greco-romana as primeiras obras de desvalorização do matrimônio. Embora o casamento fosse uma instituição consolidada naquele período, seu exercício era cercado de desprezo. As mulheres serviam apenas para a procriação e a ajuda aos serviçais da casa. Seu contato com a vida pública era desestimulada, exceto para a prostituição (fortemente enraizada naquela cultura, onde muitas religiões possuíam escravas sexuais). Os filhos desfrutavam de pouco valor social, em geral vistos como inferiores às mulheres. O casamento, portanto, era visto apenas como um meio para a procriação, sem qualquer envolvimento afetivo entre o marido e a mulher.

Com o domínio do pensamento católico após o Século IV, essa visão foi, lamentavelmente, reforçada. Em geral, a cosmovisão católica não fez nada mais do que absorver o pensamento greco-romano de família. Talvez quem melhor expressou esse pensamento foi o grande teólogo Tomás de Aquino (1225-1274). Suas falas sobre o casamento e em especial sobre a mulher são insustentáveis. Para ele, a mulher era uma espécie de degeneração do embrião masculino. Era, digamos, um homem nascido com deformação2. Isso o leva a justificar a submissão servil da mulher ao homem, num ambiente onde os filhos deviam nutrir mais respeito e amor pela figura paterna, vista como a única digna de tal apreciação. Essa visão, nem preciso prosseguir, não encontra qualquer respaldo bíblico. A explicação mais aceita para esse desvio é a medrosa conformação ao pensamento da época. Embora brilhante em alguns aspectos do pensamento teológico, Aquino foi incapaz de romper com o pensamento que herdou sobre o casamento.

Essa visão católica do casamento deixou provas conhecidas ao longo dos séculos. Em geral, o sexo era visto como inerentemente mau, tendo sua consumação vista como um ato de pecado quando não era destinado à procriação. Sim, para o catolicismo romano o sexo com o objetivo de promover o prazer e a satisfação dos cônjuges era tratado como pecado. A instituição do celibato clerical (a proibição do casamento aos sacerdotes) é um reflexo do conceito baixo dado ao matrimônio e ao sexo. O casamento como um sacramento, era inferior ao celibato. Isso também explica o forte apelo à virgindade que a cultura católica incutiu em seus fieis. Muitos são tentados a ver a virgindade como uma expressão de espiritualidade superior à vida sexual nos termos do casamento bíblico (não se discute aqui o pecado da fornicação, quando o ato sexual é praticado por quem não estabeleceu um matrimônio). Desse modo, o fiel que casou é visto como mais fraco do que aquele que permaneceu solteiro e virgem. O casamento, portanto, é para os fracos e incontinentes.

Isso também ajudou a criar uma separação curiosa no período medieval: os religosos e os profanos. Os primeiros, solteiros e atores do serviço religioso. O segundos, menos espirituais e alvos do serviço religioso. Perceba que o casamento definia quem era ou não mais piedoso.

Essa visão do casamento fora condenada por Paulo muito antes do advento do catolicismo. E será essa advertência o ponto de partida do pensamento puritano acerca do casamento.

“Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência; Proibindo o casamento…” (1 Timóteo 4:1-3).

De volta às Escrituras

Com a Reforma Protestante e a sua ênfase nas Escrituras, e o puritanismo como um legítimo herdeiro dela, o conceito do casamento é resgatado a partir de uma análise séria das Escrituras. Como um movimento fortemente baseado na Palavra de Deus, o puritanismo reconstrói a importância da vida familiar como atividade central da piedade cristã. Antes do sucesso profissional, ministerial e pessoal, um casamento saudável era a conquista a ser alcançada.

Esse retorno às Escrituras tornou possível um entendimento claro dos mais variados textos bíblicos que abordam o assunto, incluindo o mais difícil, Efésios 5:21-6:9, que trata da liderança do homem no lar. Em um famoso comentário de J. I. Packer, notável estudioso do movimento puritano, vemos a maneira bíblica como os puritanos enxergavam o casamento:

“Eles recorreram ao livro de Gênesis, quanto à sua instituição; à epístola aos Efésios, quanto ao seu pleno significado; ao livro de Levítico, quanto à sua higiene; ao livro de Provérbios, quanto à sua administração; a diversos livros do Novo Testamento, quanto à sua ética; e a Ester, Rute e Cantares de Salomão, quanto a ilustrações e amostras do matrimônio ideal”3.

Para esses gigantes de Deus, a autoridade do marido não era um privilégio mesquinho, mas uma enorme responsabilidade. O crescimento espiritual do lar, a boa educação dos filhos, a formação de um ambiente que respirava o temor e o amor a Deus eram deveres dos maridos, de forma que no lar onde tais virtudes não fossem percebidas, a responsabilidade pelo fracasso seria atribuída à falta de sua liderança. Essa liderança deveria ser exercida em amor, sem provocar medo ou pavor na esposa (a submissão imposta, diziam, significaria a destruição do casamento), mas incentivando nela os mais profundos e sinceros afetos pelo marido, pelos filhos e, claro, por Deus (1 Pe 3:7). A submissão da esposa, portanto, era funcional. Era um exercício que garantia a paz e a harmonia onde o consenso entre marido e esposa não fosse possível. Prevaleceria a palavra do marido.

Em particular, sobre a educação dos filhos, Gaius Davies fez uma síntese admirável dos princípios puritanos para a criação de seus filhos:

“Os pregadores destacam o amor como a fonte de todos os deveres dos pais. Mas os filhos não devem ser mimados. Os pais não devem fazer como os símios, que matam seus filhotes com abraços. O exemplo dos pais é o maior estímulo à santidade, sobretudo no caso da mãe, cuja influência é maior nos primeiros anos de vida da criança. A educação deve começar o mais cedo possível e, embora a instrução precise ser completa, a piedade é mais importante que a erudição, e os professores devem ser escolhidos com esse alvo em mente. É preciso notar a aptidão e os talentos das crianças, para que sejam treinadas em alguma profissão apropriada. Devem ser lembradas as reivindicações do ministério cristão e, sempre que houver habilidade, um filho deve ser exortado a entrar no ministério. As primeiras instruções religiosas de uma criança devem ser adaptadas à sua idade, para que as receba com prazer. Desse modo, as sementes da piedade serão plantadas bem cedo. A atitude dos puritanos para com as crianças, diferia, pois, da de alguns evangélicos modernos, que esperam que a conversão de uma criança seja uma experiência dramática”

Era um consenso para todos eles que o casamento possuía propósitos divinos e insubstituíveis. Lembravam sempre de Gênesis 2:18 (“Não é bom que o homem esteja só”) como a razão principal para o homem constituir família. A solidão nunca foi um mandamento divino. A vida de casado, diziam, permite o mais saudável crescimento espiritual e consolo da parte de Deus. Além disso, a visão puritana dava enorme valor à criação dos filhos. Viam-nos como dons de Deus “para que no mundo a igreja fosse preservada e propagada por meio de uma descendência santa”5. O casamento era, também, um abrigo contra o pecado. Nele tanto o homem e a mulher obtinham segurança contra a lascívia. Não é coincidência que, numa cultura que despreza o casamento e a vida em família, estejamos vivenciando um reinado da prostituição, pornografia e toda promiscuidade que não poupa quase ninguém. Vivemos um cultura pornográfica. As músicas, as ideologias, a arte e a educação são campos rendidos à essa mentalidade. Isso mostra a letalidade do pecado. Em menos de duzentos anos de herança secular e materialista, já regredimos a níveis bárbaros de escravidão aos desejos.

Esse retorno bíblico os levou, também, a perceberem a sublimidade da vida de casado. Palavras como “refúgio”, “abrigo”, “privilégio”, “consolo”, etc, eram sinônimos comuns dados pelos puritanos ao matrimônio. O cristianismo não viu outro modelo de espiritualidade que deu tanto valor ao casamento. Não como uma invenção, mas como uma redescoberta dos ensinos bíblicos. Além disso, é creditado aos puritanos o resgate de uma visão romântica do casamento. Isso porque a ética puritana incentivava as demonstrações públicas de carinho e afeto entre o casal (beijos, declarações, etc). Richard Baxter (1615-1691), por exemplo, escreveu um relato detalhado da vida da esposa, por ocasião de sua morte. Herbert W. Richardson escreveu: “O surgimento do casamento romântico e sua validação pelos puritanos representam uma grande inovação na tradição cristã”. C. S. Lewis disse: “A conversão do amor cortês em amor romântico e monogâmico foi, em grande parte, uma obra dos poetas puritanos”. Acho que está claro que as características negativas dadas aos puritanos não passavam de desdém ignorante.

Por fim, o retorno às Escrituras permitiu à cristandade reconhecer o valor que a mulher possui, dado por Deus. Isso pode ser visto pela maneira como os puritanos viam suas esposas e o valor que conferiam a elas como auxiliadoras do lar. Na espiritualidade puritana, a ausência da esposa significava um deserto espiritual para o homem. Sem elas, não haveria o consolo espiritual, a harmonia no lar, a correta administração da casa e, muito menos, a criação bíblica dos filhos. É uma visão que nenhuma outra cultura foi capaz de ter da mulher (greco-romana, islamismo, hinduísmo, etc).

Conclusão

O riquíssimo legado familiar que os puritanos nos deixaram dão provas suficientes que a Bíblia tem em alta estima o matrimônio, para não precisar dizer o próprio Deus. Eles também nos servem de farol para uma geração que perdeu suas referências bíblicas para a família, onde a realidade de muitos lares ditos cristãos apenas expressam os valores propagados por este mundo obscuro. Contra a exploração da sexualidade da mulher e a sua transformação num objeto, temos o preocupação puritana em fazê-las felizes e amadas; contra um sociedade que eleva a pornografia a sonho de consumo, temos a visão puritana da intimidade do lar, santa e plena, onde tanto o marido quanto a esposa desfrutam dos privilégios da relação sexual motivada pelo amor; numa cultura individualista, onde as conquistas pessoais veem antes da formação do matrimônio, temos a ambição puritana de construir um lar santo, cujo objetivo é transformá-lo numa pequena expressão do céu; numa geração que deturpa a educação das crianças, aprendemos com os puritanos que educação religiosa ocorre desde cedo para que a igreja seja servida com descendentes santos e possa propagar o reino em uma terra árida. Por fim, num tempo marcado pela crise de referência, aprendemos com os puritanos a voltar nossos olhos para as Escrituras e delas obter os ensinamentos para uma vida feliz em casa, na igreja e no mundo.

Citações puritanas6         

Termino esse pequeno artigo compartilhando citações que nos permitem enxergar, sob a ótica puritana, o valor do casamento. As ênfases são as mais variadas. Que esta possa ser a nossa visão nesses dias tenebrosos e tão hostis à vida familiar. Que possamos nos agarrar a elas como um alpinista que se agarra a uma corda no penhasco. Que a fragilidade e a instabilidade do casamento não sejam a nossa visão sobre ele, nem os modelos de casamento exportados por astros de novelas e estrelas do mundo do entretenimento sejam os modelos que almejamos para o nosso matrimônio.

“Antes de qualquer outra vocação, o homem foi chamado a ser um marido…Primeiramente, o homem tem de escolher seu amor; depois, ele tem de amar a sua escolha…. O marido e a mulher são companheiros como dois remos em um barco” – John Blanchard (1932 – ).

“É uma misericórdia ter uma amiga fiel que o ama inteiramente…a quem você pode abrir abrir sua mente e comunicar seus afazeres.. É uma misericórdia ter tão perto uma amiga a ser ajudadora à sua alma e…suscitar em você a graça de Deus” – Richard Baxter (1615-1691).

“Esta vida seria miserável, enfadonha e desagradável para o homem, se o Senhor não lhe tivesse dado uma mulher para acompanhá-lo em seus problemas” – Henry Smith (1560-1591).

“O casamento é um abrigo para aqueles que estão em perigo de sua salvação pela força das tentações à lascívia” – William Gouge (1575-1653).

“Muitas outras alianças são delimitadas pelos que as fazem, mas todos os deveres desta aliança [do casamento] são designados por Deus. Quando o marido e a mulher negligenciam seus deveres, eles não estão somente errando um contra o outro, mas também provocando a Deus, por transgredirem sua lei” – Samuel Willard (1640-1707).

“O amor conjugal não admite igual, mas coloca o companheiro no mais íntimo de sua alma; não conhece ninguém mais querido, ninguém tão amado” – William Whately (1583-1639).

“O homem cujo coração está preso à mulher que ele ama sonha com ela à noite, tem-na em seus olhos e percepção quando acorda, medita nela quanto senta à mesa, anda com ela quando viaja e conversa com ela aonde vai” – Thomas Hooker (1586-1647).

“A face da mulher foi planejada para teus lábios, não para teu punho!” – Henry Smith.

“A mulher não foi criada da cabeça do homem, para governá-lo, nem de seu pé, para ser pisoteada por ele, e sim do seu lado, para ser igual a ele, de debaixo do seu braço, para ser protegida, e de perto do seu coração, para ser amada” – Matthew Henry (1662-1714).

“Uma boa esposa é a melhor companhia na riqueza; o mais capacitado e disposto assistente no trabalho; o maior conforto nas tristezas e aflições; o único meio seguro de ter filhos e posteridade; um remédio singular e soberano ordenado por Deus contra a imoderação; a maior graça e honra para aquele que a possui” – Thomas Gataker (1574-1654).

“Não existe nenhuma sociedade mais íntima, mais completa, mais necessária, mais amável, mais prazerosa, mais contínua, do que a sociedade de um homem e uma mulher, a principal raiz, fonte e origem de todas as sociedades” – Thomas Gataker.

“Não existe na terra uma fonte de conforto semelhante ao casamento” – Thomas Adams (1583-1653).

“O matrimônio é a união de um homem e de uma mulher, aos quais Deus juntou de acordo com sua Palavra, com o consentimento de ambos, para, dali em diante, viverem juntos e passagem a vida em igual participação de todas as coisas que Deus lhes enviar, com o intuito de que produzam filhos no temor a Deus, de que evitem a prostituição e de que (de acordo com o beneplácito de Deus) um ajude e console o outro” – Livro de Oração Comum7.

“A esposa foi designada para o esposo tal como a pequena Zoar, uma cidade de refúgio; ele foge para ela em todas as suas dificuldades. E não há paz que se compare a ela, exceto a paz de consciência” – John Dod (1549-1645).

“Como as abelhas jovens procuram, para si mesmas, outra colmeia, assim também o jovem casal deve procurar outra casa, para que, aconteça o que acontecer, eles nunca caiam naquela mais infeliz de todas as infelicidades: serem tormentos para seus pais ou serem atormentados por eles” – Thomas Gataker.

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Referências

1 – Kenneth Hare, “The puritan”, citado em Entre os Gigantes de Deus.

2 – IBID, pag 429.

3 – IBID, pag 435.

4 – IBID, pag 448.

5 – William Gouge, Of Domestical Duties.

6 – As referidas citações foram obtidas do livro “Vivendo para a Glória de Deus”, Joel Beeke, cap 23; e “Entre os Gigantes de Deus”, J. I. Packer, Cap 15. Ambos os livros publicados pela Editora Fiel. A leitura deles é fortemente recomendada.

 7 – O Livro de Oração Comum (Book of Common Prayer, em inglês) é o livro de preces da Igreja da Inglaterra e também o nome de livros similares de outras igrejas Comunhão Anglicana. Passou por várias revisões durante os últimos séculos e contém a ordem a ser seguida nos serviços religiosos. Fonte: Wikipédia.

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2 Responses to O casamento puritano como um refúgio numa era de destruição da família

  1. N Mandela JR says:

    Qual a fonte da citação de Lewis?

    • Blog do Lino says:

      C. S. Lewis, “Donne and Love Poetry in the Seventeenth Century,” in Seventeenth Century Studies Presentedto Sir Herbert Grierson (Oxford: Oxford University Press, 1938), 75

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